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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Fiscalização

Gostaria de inicar um debate sobre fiscalização em relação as atividades realizadas por quem faz EAD.
Quem pode garantir que as atividades que deverão ser realizadas pelos alunos serão efetivamente realizadas por eles?

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Educação Brasileira de Qualidade: Procura-se um Futuro


Educação Brasileira de Qualidade: Procura-se um Futuro

Contribuição da Associação Brasileira de Educação a Distância em continuidade à Carta aos Candidatos à Presidência, a ser apresentada à Equipe de Transição da Presidência da República Federativa do Brasil

·         UMA IDEIA
Este documento é uma contribuição adicional da ABED à carta aos candidatos à Presidência para renovar a esperança daqueles que se preocupam com a construção de uma visão de futuro para o Brasil. Seu nascedouro ocorreu no âmbito da interação construtiva entre professores e alunos universitários.
A confiança e a esperança do povo brasileiro em um futuro melhor associam-se, de forma estreita, a investimentos nos sistemas garantidores da estabilidade econômica e desenvolvimento com eqüidade e justiça social. Sabemos, todos, que a melhoria da qualidade de vida está diretamente relacionada à construção de uma sociedade com menos pobreza, mais igualdade de oportunidades e, sobretudo, mais educação e democratização do conhecimento. Do ponto de vista epistemológico o conhecimento é uma conquista e patrimônio individual, mas ao mesmo tempo, constitui um bem comum. A superação do paradoxo da individualidade versus coletividade do conhecimento é um dos principais desafios para a criação de padrões inteligentes que sustentem a prática e o sucesso das inovações.
·         IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA MAIOR
Dentre os problemas estruturais que o Brasil enfrenta a crônica situação da qualidade da educação sobressai pela importância estratégica. Ao longo da história o País não levou a sério a educação de seu povo nem a escola das crianças, e enfrenta o Século XXI despreparado para a Era do Conhecimento, porque não realizou, até hoje, uma verdadeira Revolução na Educação.
O problema é secular, mas vem se agravando nos últimos 50 anos. Enquanto Espanha, Irlanda, Finlândia e Coreia do Sul assumiram seriamente a responsabilidade de se transformarem em Sociedades Instruídas obtendo pleno sucesso em 40 anos, o sistema educacional brasileiro acumulou problemas crescentes em todos os níveis e a educação básica esbarra na péssima qualidade comprovada em exames nacionais e internacionais.
O lançamento, em 2007, do PDE – Plano de Desenvolvimento de Educação é uma iniciativa meritória onde o Ministério da Educação tenta estabelecer um conjunto de ações para recuperar o tempo perdido e as seguidas oportunidades não aproveitadas. Todavia, sua formulação evidencia equívocos, despreparo e o descuido de diferentes governos com o planejamento da educação.
Um diagnóstico demonstra enorme passivo educacional em todos os níveis. O problema da Educação Infantil não foi resolvido, a qualidade no nível fundamental ainda não foi alcançada, o ensino médio não foi universalizado e não há matrícula suficiente na educação superior, especialmente pública, para incorporar um contingente significativo de jovens ao mundo da produção, geração de riqueza e do desenvolvimento. A recente proliferação de cursos superiores, sobretudo em faculdades privadas em áreas não tecnológicas, pouco elevou a qualidade e adequação da qualificação profissional.
Nesse quadro se salva a “ilha de competência” da pós-graduação o que também comprova a inversão das prioridades educacionais brasileiras.
Nesta proposta sugere-se prioridade explícita para a Educação Básica de Qualidade. Para alcançá-la é necessária uma visão integrada que inclua desde a Educação infantil até a Pós-Graduação, além da educação profissional, da não formal e educação continuada.
·         CONTEXTUALIZAÇÃO E ANÁLISE
Educação é um investimento de futuro com resultados obtidos em longo prazo. Trata-se do único instrumento que, de fato, pode fazer frente de forma definitiva à pobreza, gerando desenvolvimento econômico e melhorando a qualidade de vida. Sabemos que a educação é um serviço que exige investimento contínuo e em larga escala em infra-estrutura material e pessoal qualificado, ai incluído professores, gestores e apoio administrativo. Reconhecemos o esforço do governo federal pela universalização. Entretanto, deve-se observar que este processo baseado na gratuidade e obrigatoriedade não é suficiente para produzir a qualidade para o País alcançar
– como merece e necessita – uma participação mundial diferenciada, expressiva e soberana. Também, não basta apenas avaliar periodicamente o rendimento escolar na educação básica e superior sem efetivar ações corretivas que promovam a melhoria contínua.
Consideramos importante o conceito de qualidade na educação abrigar a idéia de que o “aprender a aprender” é resultado de um conjunto complexo de pré-condições, incluindo o domínio cognitivo pelo professor em compreender como o aluno aprende, retém e emprega o que aprendeu. O processo de aprendizagem constitui vasto campo de estudo na formação inicial e prática do professor e gestor educacional, podendo, ser complementadas durante formação profissional continuada.
As políticas públicas têm se voltado para valorização do professor aumentando salários e premiando o desempenho. Mesmo importantes tais ações ainda não conseguiram gerar bons resultados de aprendizagem nem organizar adequadamente carreiras baseadas no mérito. Investimentos em melhoria da infra-estrutura física e material das escolas são, sem dúvida, indispensáveis para o bom trabalho do professor, todavia, não são suficientes nem podem ser isoladas, pois necessitam correlação com ações de natureza gerencial.
Faz-se necessário pensar na quantidade de alunos que o professor poderá atender na educação básica. O grande número de alunos por sala de aula aliado à curta permanência na escola prejudicam a boa aprendizagem e inviabiliza o trabalho aprofundado de avaliação e acompanhamento. Nesse processo de “faz-de-conta” o professor não conhece seus alunos nem os guia de forma dirigida e individualizada conforme os modernos paradigmas da aprendizagem.
Os professores devem estar preparados para enfrentar a diversidade própria do processo educacional – as atuais faculdades de formação de professores não cumprem adequadamente sua função precípua –, e os estudantes necessitam vivenciar um ambiente com condições básicas favoráveis à aprendizagem.
A aprovação em 2006 do Fundo Nacional de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) foi um passo importante para a melhoria da educação básica formal. No entanto, a eficácia na aplicação de seus recursos financeiros deve melhorar para o alcance dos objetivos almejados.
Eliminar a defasagem educacional é um papel estratégico que a Educação a Distância pode muito bem exercer. Uma boa iniciativa do governo, por meio do MEC, foi a criação, em 2005, da Universidade Aberta do Brasil – UAB – até porque éramos o único país com população acima de 100 milhões de habitantes a não dispor deste tipo de instituição.
Embora o modelo até aqui adotado opte por um programa “fechado” e tradicional com oferta de cursos em áreas em sua maioria saturadas, tem-se a esperança de que evolua rapidamente para uma Universidade Aberta, de fato, e não apenas para a formação (indispensável) de professores. Esse anacronismo coloca em risco o principal objetivo da UAB como instrumento de redução das enormes disparidades sociais e inter-regionais. Devem-se aumentar as chances de ingresso, justamente, daqueles com mais dificuldade de acesso à educação formal em universidades convencionais, bem como, disponibilizar oportunidades de educação não formal.
A situação atual é preocupante, principalmente, para a maioria dos jovens pobres em situação de risco vivendo em cidades com pouca ou nenhuma infra-estrutura de equipamentos de esporte, cultura e lazer. Grande parte abandonou a escola ou a freqüenta (sem garantia que estejam, de fato, aprendendo) com significativa defasagem série/idade, e, apesar de buscarem, não conseguem emprego. Isso se deve, em grande medida, a pouca atratividade escolar, insuficiência na oferta de cursos profissionalizantes e orientação profissional e baixa efetividade das políticas públicas voltadas especificamente para esse segmento.
De maneira geral os governos estaduais e municipais ainda não priorizaram políticas públicas específicas para a solução dos problemas enfrentados pelos jovens. Há algumas ações pontuais na área social ou de segurança, mas, sem maior alcance e visão de médio e longo prazo. Neste ponto merece atenção especial a formação de jovens qualificados em um sistema de educação profissional continuada diretamente voltado à demanda do mercado.
Na realidade os jovens, em especial de baixa renda, são lançados à própria sorte vítimas e atores da violência urbana apontada nos indicadores sociais. São, também, vulneráveis à gravidez precoce indesejável e baixa autoestima sem contar com interlocutores que os auxiliem a buscar alternativas. Na origem do problema estão as famílias desestruturadas e a ausência da escola de qualidade para atrair e reter esse jovem no espaço de formação além do exíguo horário de aula.
O Brasil ainda não compreendeu a importância da sua infância e juventude na formação da cidadania, e, como conseqüência, as expõe à própria sorte: o problema é estrutural e começa pelo descaso com as crianças. O trabalho infantil, embora não seja fenômeno novo visto que desde o início da colonização crianças negras e indígenas eram incorporadas ao trabalho, é um dos principais desafios sociais e seu combate tarefa complexa. O cenário melhorou com o desenvolvimento econômico e intensificação, a partir do fim da década de oitenta, de medidas jurídicas, políticas e sociais visando à proteção contra o trabalho infantil.
Nesse contexto alguns pontos para reflexão: a) necessidade de atualização de dados e mapeamento das regiões e localidades com maior índice de trabalho infantil; b) fortalecimento das instituições sociais que desenvolvem ações direcionadas à formação educacional de crianças carentes; c) intensificação da avaliação e controle dos programas sociais direcionados às famílias de baixa renda nos municípios brasileiros, como a Bolsa Família, a Bolsa Criança Cidadã e o Programa Saúde da Família.
·         PROPOSTAS DE SOLUÇÃO
Políticas públicas para setores vitais da sociedade brasileira carecem de planejamento e gestão eficazes, prevalecendo a improvisação entre diversos setores e esferas do poder governamental. A área social apresenta carência generalizada: educação, saúde, segurança, habitação, saneamento e trabalho. Essa situação se reflete na precária infra-estrutura – estradas, ferrovias, portos e aeroportos, escolas e hospitais. O PAC e o PDE são boas medidas, mas ainda representam tentativas insuficientes em busca de acertos.
Na educação o diagnóstico é bem conhecido e dispensa-se replicá-lo à exaustão. Somente uma minoria privilegiada de 12% da população entre 18 e 25 anos chega ao nível Superior. Não podemos nos render ao fatalismo nem deixar o paroxismo engessar nossas ações.
O Brasil tem soluções para os problemas estruturais e apostamos na mudança e conscientização coletiva de que não é possível persistir o impasse atual. Dispomos de recursos humanos, financeiros, tecnológicos e farta criatividade, no entanto, urge estabelecer claramente prioridades e executá-las de forma eficiente e continuada. Basta começar, seriamente, pelo mais grave: educação de qualidade em regime de tempo integral. Nesse aspecto a Educação a Distância constitui manancial de soluções ainda não utilizado em sua potencialidade.
Queremos que nosso clamor ganhe voz e vez perante os futuros dirigentes, em especial da Presidência da República que tem gerido com eficiência a área econômica e financeira. Queremos que tal desempenho e prioridade cheguem à área social e educacional replicando-se as práticas inerentes ao modelo econômico com as devidas peculiaridades e adaptações. Soluções existem sem abandonarmos o êxito da economia: basta reverter a prioridade que transformará o País rentista em um Brasil instruído.
Nossa história reconhece poucos dirigentes associados a grandes realizações: Getúlio Vargas implantou as bases e deu início ao bem sucedido processo da industrialização; Juscelino Kubitschek ampliou estes caminhos e construiu Brasília. O Presidente Lula cravou seu nome ao diminuir desigualdades e retirar 30 milhões da pobreza. Agora, o espaço do País se firmar pela Revolução da Educação Básica de Qualidade continua aberto.
Queremos participar da solução dos problemas mencionados. Para isso, propomos instrumentos de diálogo entre o governo e a sociedade sem desconsiderar os espaços políticos existentes constitucionalmente estabelecidos. Eis aqui uma alternativa a mais, sem partidarismo, refrega ideológica ou interesses econômicos comprometedores. Queremos somar ações para multiplicar resultados e dividir responsabilidades para diminuir o sacrifício do povo brasileiro.
Precisamos mobilizar a juventude que deseja participar da real solução dos problemas como maneira de fortalecer a democracia brasileira de apenas 25 anos – idade média da maioria dos atuais universitários nascidos no limiar da Nova República. Não é mais possível adiarmos indefinidamente a derrota do crônico problema da qualidade na educação, solução definitiva para o País se agregar às Sociedades da Aprendizagem, da Informação, do Conhecimento e da Inovação. A educação de hoje e do amanhã, é, e será o futuro das nossas crianças e a certeza de um Brasil mais solidário, competente solidamente desenvolvido.
A complexidade das questões aqui abordadas exige a gestão integrada das políticas públicas. Historicamente, a prevalência da vertente econômica tende a conflitar com outras áreas de governo, enquanto a atual estrutura fortemente setorializada dos Ministérios dispersa e sobrepõe ações que obteriam melhor resultado se operacionalizadas de forma integrada. Todavia, é possível construir uma visão holística comum de nação na qual a interação sistêmica gere bons resultados retratando a conectividade e compromisso entre diversos atores e setores.
Aí está, em nossa visão, o papel estratégico das Sociedades Científicas como a ABED, colaborando com as ações do governo na construção e articulação de pactos que ultrapassem o limite mínimo de mandatos quadrienais. Políticas públicas efetivas exigem continuidade e prazo, do contrário o País perde a capacidade de reinventar-se e construir o futuro. Essa fórmula caracterizada pela continuidade e conseqüência a políticas de Estado foi responsável pelo sucesso alcançado na educação nos países citados.
Para nós, o futuro não é apenas uma categoria a ser estudada em profundidade; representa, acima de tudo, construir e alimentar a esperança.
A ABED propõe a utilização da EAD para cada nível e ciclo de aprendizagem colaborando efetivamente para a clamada Revolução da Educação de Qualidade.
A implementação desta Revolução exigirá um pacto democrático, com construção de mecanismos que, sem ferir a autonomia e a colaboração essenciais do Sistema Federal, dos Sistemas Estaduais e do Distrito Federal e dos Sistemas Municipais previstas na Constituição Federal e ratificadas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, permitam as providências, de indispensável caráter emergencial, a serem tomadas em tempo pré-determinado, sob a coordenação de um órgão que reúna paritariamente o Poder Público, a iniciativa privada e a sociedade civil organizada.
Brasília 1° de novembro de 2010.


Prof. Dr. Fredric Michael Litto
Presidente

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Dica de Blogs

Para aqueles que precisam de ajuda segue a dica de Blogs ativos sobre EAD.

http://www.educacaoadistancia.blog.br/
http://www.tecnologiaseduca.blogspot.com/

Metodologias e Gestão para Educação a Distância

Boa noite.
Como parte das atividades relacionadas ao curso a distância em pós graduação em metodologias e gestão para educação a distância foi criado esse blog.
Acredito que as discussões referentes a educação a distância devem ser levadas a sério, afinal o futuro da educação relaciona-se a ela.
Aguardo todos meus amigos de curso para participarem do blog.
Grande abraço